Ao pesquisar os documentários históricos, descobrimos que o dogma da Trindade, é fruto dos clérigos católicos, no decorrer dos séculos posteriores a Cristo. Esta doutrina, foi elaborada nos Concílios da Igreja Romana. A estrutura elaborada pelos teólogos do Vaticano, conceituam a ideia de “três em um.” Isto é, “Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo.” Este conceito, foi arduamente debatido, no decorrer dos séculos. Em meados do ano 325 d.C., o diácono e bispo de Alexandria, chamado Ario, defendeu uma tese antitrinitarista, onde alegava ser impossível Jesus ser igual ao Pai, e que o Espírito Santo não passava de uma “força ativa”, submissa a Deus. Isto veio abalar a doutrina da Trindade Cristã. Foram necessários vários Concílios, para que os clérigos e teólogos Católicos, estabelecessem essa doutrina. Isto implica que, nos dias de Cristo, os discípulos e cristãos, desconheciam este ensino. Por esta razão, as Escrituras Sagradas, desconhecem esta doutrina e não fazem referência direta à Trindade.
A humanidade divididiu-se em dois grupos:
a) Os trinitaristas, que defendem o conceito do: “três em um” formando um “Deus”, considerado como o ‘mistério’ da fé, cristã.
b) Os antitrinitaristas, que rejeitam a Trindade Cristã, defendendo a existência de um só “Deus”, e que os demais, foram criados por Deus e são submissos a Ele.
Diante destas polêmicas, qual lado devemos admitir? Quem está com a verdade?
Este tema está focado em Deus e é daí surge o primeiro dilema: Como compreender “Deus”, que pertence a uma dimensão infinitamente diferente da nossa? Não existem documentários, provenientes desta dimensão divina, que possam desvendar os mistérios sobre Deus. A única alternativa disponível para nós humanos, são as Escrituras Sagradas. Embora elas possuam poucas revelações sobre o tema, o que lá existe, é suficiente para nos fornecer uma luz melhor. Segundo a Bíblia… (Deuteronômio 29:29) “As coisas encobertas são para Deus, porém, as reveladas são para nós e nosso filhos…” Vamos, então, buscar as revelações sobre sta questão:
- Atos 17:29 – “Sendo nós, pois, geração de Deus, não havemos de cuidar que a “divindade” seja semelhante ao ouro, ou à prata, ou pedra esculpida por artifício e imaginação dos homens.” Observe que Paulo, usou a palavra “Divindade”, se referindo a Deus.
- Romanos 1:20 – “Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder como a sua ‘divindade’, se entendem e claramente se veem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis.” Observe o critério apresentado: A divindade é reconhecida pelo poder e pelas coisas criadas.
- Colossenses 2:9 – “Nele (Cristo) habita corporalmente toda a plenitude da ‘Divindade’. Observe que agora, a palavra é dedicada a Cristo. Ele preenche o critério “poder-criação”. João 1:1 ao 3. – “No princípio era o Verbo, (se referindo a Cristo) o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava com Deus. Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito sem ele se fez”. Neste caso, comprova-se o seu poder e a criação feita por ele. Observe, que a palavra “Divindade” foi empregada para Deus e para Cristo.
E o Espírito Santo?
Embora não exista nenhum texto bíblico empregando esta palavra para o Espírito Santo, porém, a Bíblia deixa evidenciado o seu poder e sua capacidade de criar, demonstrando os mesmos atributos da Divindade.
- Mateus 28:19 – “Batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo.” Observe que ele foi colocado no mesmo nível dos demais.
- Atos 5:3 e 4 – “Ananias, por que encheu Satanás o teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo?… Não mentiste aos homens, mas a Deus.” O texto aqui, deixa deduzir que o Espírito Santo é Deus.
- Jó 33:4 – “O Espírito de Deus me fez; e o sopro do Todo-Poderoso me deu vida.” Observe que ele tem poder para criar humanos.
- Salmos 104:30 – “Envias o teu Espírito, e são criados, assim renovas a face da terra.” Deus, por intermédio do Espírito Santo renova a face da terra. Fica fácil deduzir e concluir que Ele tem poder e é capaz de criar. Muitos outros textos revelam que ele tem poder. Por esta e muitas razões, passamos a entender, porquê ele foi colocado no mesmo patamar dos demais participantes da Divindade.
É fácil deduzir, diante das Escrituras Sagradas, que a palavra “Divindade” pode ser empregada a mais de uma pessoa.
Eles são divinos, por representar uma Divindade, e não por ser “deuses” inventados pelos teólogos Católicos em seus Concílios. Não são três deuses, mas, uma Divindade representada por três pessoas. Aqui, vemos que há uma pequena diferença entre a Divindade Bíblica e a Trindade Católica:
- Catolicismo: “Três em um”. Apresenta um mistério para a fé.
- Divindade Bíblica: “Um único Deus, representado por três. Apresenta uma lógica aceitável.
A quem adorar?
No catolicismo, se cultua:
- Ao Divino Espírito Santo, na festa do Divino.
- A Jesus: no Natal, Páscoa, Corpus Cristi. E a Deus, nas missas.
O próprio Jesus, responde: “Então, disse Jesus: Vai-te Satanás, porque está escrito: ‘Ao Senhor, teu Deus, adorarás e só a ele servirás.” (Mateus 4:10)
Em lugar algum das Escrituras Sagradas, Cristo ou o Espírito Santo, pede adoração exclusiva, para si mesmos, separados dos demais. Eles devem ser respeitados e honrados. (João 5:23 e Mateus 12:31 e 32)
Devemos adorar a uma Divindade, chamada: “DEUS.”
Não são três Deuses, ou seria politeísmo, mas, uma Divindade representada por três pessoas distintas. A palavra “DEUS”, tem diversos significações e aplicações. Para melhor entendimento, busque o post NUANCES DA PALAVRA “DEUS”